MPF pede providências à Band sobre tarja "ao vivo" em material gravado


O Ministério Público Federal (MPF) pediu explicações à Band sobre a tarja de "ao vivo" colocada indevidamente sobre imagens pré-gravadas, no programa "Brasil Urgente", comandado por José Luiz Datena.


Programa apresentado por Datena exibiu imagens gravadas com selo de "ao vivo". O MPF deu a emissora um prazo de 20 dias para que ela tome providências para que tal fato não se repita.

O presidente da Rede Bandeirantes de Televisão, João Carlos Saad, recebeu a recomendação que sua "emissora tome providências para que seja respeitado o direito à informação dos telespectadores e impeça que notícias já exibidas sejam veiculadas como fatos atuais", informou a assessoria do Ministério Público Federal.

A recomendação foi assinada pela procuradora Adriana da Silva Fernandes. Ela verificou imagens que a rede exibiu com o selo de "ao vivo" no dia 14 de janeiro de 2008, mas que, na verdade, eram de uma reportagem sobre um assalto ocorrido em agosto do ano anterior. A denúncia do mau uso do selo foi feita ao Ministério Público Federal em São Paulo através do site da instituição.

O MPF considerou que o telespectador foi enganado, já que o apresentador não avisou a data do fato que estava sendo exibido.

Outro lado

A Band se defendeu e disse que o selo "ao vivo" apareceu apenas em alguns momentos da transmissão, quando a tela era dividida entre o assalto gravado e o apresentador, que estava ao vivo.

A emissora afirmou ainda ao MPF que o selo só não estava na imagem do apresentador, à esquerda da imagem, por isso ser inviável, do ponto de vista técnico.


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