"Confesso que sei ser bem palhaça", diz estreante da Record

Em seu primeiro contrato na TV, Verônica Debom não sente dificuldades para interpretar a metidinha Carla de Chamas da Vida, da Record. Além de conhecer algumas pessoas que se encaixam no perfil da personagem, Verônica assume que tem 'um pé' na comédia. "Se bobear, até os dois", diverte-se. E demonstra isso ao longo de toda a entrevista, emendando respostas em piadas e tiradas inteligentes sobre os assuntos discutidos. "Na verdade, gosto muito de tragicomédia. Mas confesso que sei ser bem palhaça quando eu quero", entrega.

Por isso mesmo, a atriz tira de letra as cenas cômicas ao lado de Natália Rodrigues e Guilherme Leme, que interpretam os divertidos André e Suelen na novela. "Quando soube que ia fazer parte do núcleo cômico, entrei em êxtase. É bom poder misturar o humor com esse lado aventureiro de Tinguá", pondera, referindo-se às seqüências que grava na reserva natural.

Contracenar com Guilherme Leme foi uma grande surpresa no trabalho. Verônica, que sempre gostou de ver novelas, era fã do ator na adolescência. "Lembro muito de Bebê a Bordo e Vamp, que eu adorava. Ele foi um dos galãs daquela época", derrete-se, completando que nem imaginava um dia fazer par romântico com ele. Na trama, os dois são biólogos e Carla faz de tudo para tentar conquistar o colega, já que sabe que ele é rico. Tudo porque a família de Carla perdeu sua fortuna. "Acho que até o final da novela ainda vou me divertir muito com esse triângulo com o André, a Suelen e a Carla", prevê.

Tudo na vida de Verônica aconteceu muito rápido. A atriz entrou para um grupo de teatro aos 15 anos, já morou no Rio, em São Paulo e em Minas Gerais e, com apenas 23 anos, comemora seu primeiro personagem de destaque na TV. Além disso, já é graduada em Publicidade desde 2006 e está se formando em Artes Cênicas na Casa das Artes de Laranjeiras, na Zona Sul do Rio. "As pessoas ficam surpresas com tudo que já conquistei, mas no fundo acho que as coisas aconteceram no tempo certo na minha vida", enfatiza, esbanjando orgulho.

A busca por uma oportunidade na TV começou no início de 2007, quando Verônica decidiu fazer um "vídeobook". Com o material pronto, a atriz partiu para o ataque e entregou-o nas emissoras que investem em teledramaturgia. Fez testes para a Globo e para a Record, mas a segunda respondeu primeiro às suas tentativas. Algumas semanas depois, Verônica foi chamada para uma participação em Luz do Sol, novela de Ana Maria Moretzsohn exibida no ano passado. "Foi um papel pequeno, mas era cômico e me senti bem à vontade", lembra.

Embora o trabalho na TV ainda seja uma novidade, Verônica já começa a se surpreender com os resultados - até agora, todos positivos. Como, por exemplo, o assédio do público masculino na hora de posar para as fotos. "Ainda não me acostumei com essas coisas. Mas não quero fazer o 'tipo' chata, que não quer falar com ninguém", garante. E já sabe bem o que quer fazer depois que Chamas da Vida acabar. "Toda atriz sonha com uma vilã. Além do charme, dá para brincar bastante nas cenas de maldade. Se eu puder, quero experimentar no futuro", torce.

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