Cena Aberta

(( Record acerta com Ídolos ))

Por Endrigo Annyston

A Record estreou na última terça-feira, 19, sua versão para o programa Ídolos, já conhecido do público brasileiro após duas temporadas apresentadas pelo SBT com relativo sucesso.
É impossível evitar comparações. Não com a produção do SBT, e sim com o original americano. A emissora da Anhanguera nunca chegou aos pés do American Idol, no conjunto da obra.

O Idol revelou verdadeiros ídolos, estrelas que brotaram do reality show. Os da versão brasileira caíram no anonimato, se é que um dia ficaram famosos. Os candidatos por si só já não animavam, portanto, o interesse pelo reality, para a grande maioria dos brasileiros, caia após a primeira fase. Enquanto isso o American Idol continua batendo recordes durante toda sua exibição e mesmo após tantos anos no ar.

Os jurados, apesar de toda a experiência e carisma, também nunca passaram perto do impagável e inigualável Simon Cowell, da simpática e chorosa Paula Abdul e do divertido Randy Jackson.

Ligia Mendes e Beto Barden nem somados resultam um Ryan Seacrest, o “garoto mil e uma utilidades” da TV americana. Ele é o cara. Nada dessa de textinho ensaiado, de piadinhas e comentários tolos. Tudo no improviso e com "catiguria".

No entanto, o capricho da edição, da trilha sonora, dos estúdios, shows, e, especialmente, a seleção de candidatos aloprados mesclados com clipes imbatíveis desses irreverentes personagens, foram uma marca da versão brasileira no SBT, e, após duas apresentações pela Record, pode-se concluir que seguem o mesmo estilo. Apresentador, jurados e concorrentes ficam devendo, mas, o restante, é show.

A Record, como o SBT, veicula uma versão caprichada de Ídolos. Os jurados, como os do SBT, tem tudo para crescer, mas, tendo como base o Idol americano, as duas ficam devendo.

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